Comemoração

Trajetória de sucesso que começou em 1968

Primeira turma de Medicina da UCPel reúne-se para comemorar os 50 anos da formatura

Paulo Rossi -

No Natal de 1962, dom Antônio Zattera anunciava a criação do curso de Medicina na Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Seis anos depois, 57 jovens comemoravam o fim dos estudos, e, no dia 20 de dezembro de 1968, formava-se a primeira turma de Medicina. Para não deixar essa importante data passar em branco, o grupo irá se reunir na próxima sexta-feira e no sábado para relembrar e deixar o cinquentenário marcado na memória de todos.

Cinquenta anos depois, a união continua a mesma. O contato que era feito através de e-mail agora foi substituído pelo WhatsApp e se tornou diário. Reunidos, Marilene Bicca, Tomaz Antônio Pizarro, Roger Castagno e Carlos Roberto Lauffer conversaram com a nossa reportagem e entre eles sem parar. O assunto parecia não acabar. "Conservamos o hábito de realizar reuniões", explicou o endocrinologista Pizarro. Esses laços criados foram essenciais para superar as dificuldades encontradas lá em 1968. Tudo era tão novo na faculdade que a montagem de aparelhos e a elaboração de cadeiras e matérias eram feitas especialmente para eles.

Mesmo com empecilhos, o curso pioneiro é elogiado por quem já teve a chance de frequentá-lo. A relação entre professores e alunos era de amizade. Os profissionais eram, de certa forma, exclusivos; a Medicina surgiu antes na UCPel, para depois ser implementada na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O estágio realizado na Santa Casa de Misericórdia de Pelotas fez com que a prática fosse adquirida aos poucos e tornou o grupo cada vez mais harmonioso. A experiência no hospital, disponibilizada desde cedo, foi importante para dar segmento à carreira à medida que novos trabalhos surgiam.

Marilene é ginecologista e afirma ser grata pela oportunidade que lhe foi dada. Este sentimento de felicidade se deve, também, ao fato de ser uma representante feminina entre 53 homens. A médica foi uma das quatro formandas da turma de 1968. Desde aquela época, "as mulheres tomam conta do mundo", comemorou. A revolução também se deu na área da tecnologia, com inovações e aperfeiçoamentos na aparelhagem. A geração presenciou uma mudança significativa, uma vez que, até então, os profissionais contavam apenas com o raios X. Hoje, informática foi introduzida para auxiliar e facilitar os processos.

Comemoração
E o grupo não se entregou fácil. Dez ainda continuam na ativa, como é o caso do oftalmologista Roger Castagno. Até mesmo o paraninfo da turma, Gilberto Macedo, segue exercendo a profissão. E para celebrá-la e deixar o cinquentenário marcado na história, a ATM68 da UCPel vai se reunir nos dias 9 e 10. Serão dois dias repletos de atividades e união. Na sexta-feira à noite os colegas serão recepcionados em um jantar festivo no salão do Hotel MTower Apart, às 20h. O sábado começa cedo para eles, às 8h30min, com uma visita à UCPel e à Santa Casa, onde se encontra o quadro de formatura da turma. Um passeio pelo Centro Histórico da cidade será seguido por um almoço no Espaço La Belle.

A ida à Católica será especial. Uma placa em homenagem ao Centro Acadêmico Doutor Moacir Jarim será entregue ao reitor José Carlos Bachettini Júnior, que já foi aluno de alguns egressos de 1968, que retornaram à faculdade para dar aulas. Será um momento de confraternização para que todos possam estar juntos novamente, desta vez não apenas através do celular. Carlos Lauffer explica que muitos dos colegas moram em outras cidades e não costumam vir a Pelotas, por isso a importância de reunir um grupo tão inovador. Sobre ser a primeira turma de Medicina, ele afirma: "Nós partimos do zero".

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